Novo filme do Quarteto Fantástico ou como digo “Não vamos por uma meta…”.

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É amigos… a algum tempo atrás fui atacado por alguns por não acreditar nessa nova imagem “politicamente correta” do quarteto fantástico.
Poderia aqui ficar horas e horas falando sobre criação de personagens, de uma equipe, da caracterização necessária para que  4 pessoas com diferentes passados se tornem O QUARTETO FANTÁSTICO mas vou me tentar (SEM SPOLIERS!! ou quase…) explicar o que foi o filme do quarteto fantástico.
Esse novo filme da 20th Century Fox em conjunto com o diretor/escritor Josh Trank (Poder sem Limites) é de um blasé (sim blasé – google it!) que chega a assustar! Não há conexões entre os personagens no filme, entre o personagens e os espectador que vem o “filme”, entre os irmãos John “velozes e furiosos” Storm e Sue “filha adotiva do papai que a encontrou em KOSOVO” Storm, ou até mesmo entre os eternos amigos Reed “sou um gênio não comprendido desde a 5 séria” Richards e Bem “minha fámilia só me trata na porrada” Grimm e o nosso vilão Victor “morte ao mundo” Von Doom, a história é mal construida, mal contada e se perde em uma linha de raciocíno não lógico onde vc é forçado a acreditar naquilo que te entregam na tela como se fosse verdadeiro e a única explicação é… simplesmente aconteceu.

Más não é isso que vejo nesse novo filme, não é o fato de TODO o passado da familia Storm ter sido mudado… ou até mesmo o passado de Reed Richards, ou Bem Grimm ou Victor Von Doom… eu até mesmo a história de um prédio que sempre um “personagem” para o quarteto ter sido deturpada, modificada, esquecida e levada ao nada!

O filme prometia uma “releitura do grupo de heróis da marvel que está a mais tempo junto”… mas sabe o que me parece…
Josh Trank chegou com um calhamaço de papel e os executivos da 20th falaram:
– Que é isso Josh?
Josh então para, vai até a janela do prédio olha ao redor e diz.

– O novo filme do 4teto fantástico!

Os executivos então se aprumão em suas cadeiras confortáveis e dissem;

– OK, então nos passe suas idéias e faça a leitura do roteiro.

Josh se vira e calmamente diz: – Isso é uma releitura moderna das origens do quarteto, vamos adotar a imagem politicamente correta, vamos mudar tudo que já sabiamos sobre eles do filme de 2005! Senhores isso será o Quarteto do novo século!
Todos os executivos se assombrão com tamanha desenvoltura do ali presente diretor e roteirista, mas um deles se levanta e diz:

– OK, qual é a meta dos próximos anos em relação a essa nova releitura dos personagens?

Josh então se vira e diz :

– Meta? Não vamos por uma meta, mas quando alçancarmos a meta vamos dobrar a meta!

E nessa conversa foi decidido a vida, ou a morte do quarteto fantástico…

Até ai… tudo bem, afinal o que um escritor gosta é de ver uma obra audiovisual de uma história sua sair pela tangente de uma forma que tirando os nomes nada mais ficou igual… :p

Acredito que a maioria das pessoas (assim como eu) não teria problemas  em uma mudança nos personagens (vide Nick Fury, Perry White e tantos outros) mas desde que o que fosse apresentado fizesse uma contribuição a essa re-paginação ou nos apresentam-se algo novo em uma visão diferente, daquilo que conheçemos a anos!
E isso não chega nem perto, há conversas sem nexo onde nos é apresentado um fato que serve de total irrelevância e não estabelece qualquer ponto para trama!

A tal “forçassão de barra” é tanta que no ultimo quarto do filme – onde vemos o Quarteto Fantástico – a idéia de equipe se passa por imagens do grupo andando junto, ou quando eles estão enfrentando o tão temivel Victor Von Doom que consegue matar algumas dezenas de humanos com a força do “pensamento” menos o quarteto… sem entrar em spoliers!!! sem spoliers!!!

Claro que em 100 minutos de tortura… ops filme… há algumas coisas boas… como o Reed ter agora a capacidade de mudar as formas do rosto e ser um pessoal completamente diferente, tá isso não é original… o homem plástico já faz isso, mas pelo menos ele roubou uma boa idéia… O Coisa também não me desagradou de todo, tirando o “não bilau de pedra” ou a falta que uma sunga faz… que é pouco relevante quanto caracterização do personagem vemos uma forma de rocha pura (bem melhor que a roupa de borracha do ultimo filme) mas convenhamos… falar de bons efeitos especiais já não é motivo de ir ao cinema!

Para aqueles que gostaram do filme eu agradeço a vossa ingenuidade e gostaria de compartilhar essa visão mais simples do mundo.

E para o NEWS de ultimo minuto: o diretor Josh postou um twit dizendo que os executivos re-montaram o filme e resultado final na tela não seria culpa dele… bom agora esperar a versão do diretor no bluray pra saber se isso é verdade… 🙂

 

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